IAPMEI relança Dínamo para impulsionar sector dos têxteis e calçado
O IAPMEI anunciou que vai finalmente relançar o programa Dínamo, depois de um longo período de reformulação. Segundo o responsável, serão “concretizados os projectos já preparados”, entre os quais se encontram, por exemplo, o apoio à introdução das marcas de charutos MonteCristo e Cohiba para produtos têxteis e a sua implementação numa rede de lojas, que os responsáveis pretendem internacionalizar. O projecto é liderado pela empresa Arco Têxteis.
Uma das questões mais complicadas do programa, prende-se com a falta de dotação financeira, que foi várias vezes criticada pelos empresários do têxtil. O programa esteve sempre dependente do PRIME para o financiamento, mas a estratégia estava mais ligada ao Icep.
O Dínamo foi uma das bandeiras do Governo de Durão Barroso para a recuperação do sectores do têxtil e calçado, tendo tido o apoio incondicional do ministro da Economia Carlos Tavares, que desenvolveu uma série de iniciativas para divulgar o programa, que ficou sob a supervisão de Manuel Carlos, na altura à frente dos destinos da APPICAPS, associação representativa do sector do calçado.
Manuel Carlos era a face mais visível do programa que acabou por ser colocado em questão quando este responsável foi chamado para presidir aos destinos do Icep/IAPMEI. O Dínamo acabaria por ficar sob a tutela dos dois institutos mas quando se decidiu pela sua separação e com a saída de Manuel Carlos, de novo se colocou a questão da orientação do programa.
No âmbito de uma conferência, realizada na última sexta-feira para assinalar a passagem dos 30 anos do IAPMEI, um dos protagonistas do sector têxtil, Paulo Nunes de Almeida, presidente da associação têxtil ATP, chamou a atenção do Governo para a necessidade de criar um plano de incentivos à cooperação empresarial. Não foi a única chamada de atenção dos privados num ambiente marcado por elogios ao trabalho do IAPMEI. A propósito da substituição do logotipo Portugal Trade, o presidente da Silampos, José Alberto Silva, lembrou “que a mudança permanente constitui um ónus.”
Plano de acção do IAPMEI
- Espanha
Até ao final do ano serão lançadas as delegações prometidas para o mercado espanhol. O modelo está ainda em estudo
- QCA III
Eliminar 95% do stock de projectos em atraso, despachando pagamentos e libertando garantias bancárias. Para cumprir até ao final do ano
- QCA II
Eliminar 95% do stock de projectos em atraso, despachando pagamentos e libertando garantias bancárias. Para cumprir até ao final do ano
- Capital de Risco
Lançar, também até ao final do ano, um programa de micro capital de risco e de micro garantia mútua.